Análise da qualidade de vida dos costureiros e sua relação com o vínculo empregatício

Autores: Negrao Gomes Monica, Dorneli de Carvalho Nick, Mitsunori Nisihara Renato

Resumen

Contexto: A cidade de Cianorte, localizada na região noroeste do Estado do Paraná, tem no vestuário sua atividade industrial mais representativa, abrigando uma população expressiva de costureiros, os quais exercem sua profissão em âmbito doméstico, em facções ou em empresas. As exigências do trabalho na indústria de confecção podem caracterizar um expediente altamente exaustivo, devido à atividade altamente repetitiva e monótona, ao estresse em relação à exigência de produtividade e à permanência de longos períodos na mesma posição durante a jornada de trabalho. Objetivo: Considerando a grande importância que atualmente se atribui à qualidade de vida (QV), o objetivo desta pesquisa foi avaliar a QV dos costureiros de Cianorte (PR) e avaliar se o vínculo trabalhista influencia tal medida. Métodos: O estudo tem desenho observacional, transversal e analítico, avaliando a QV de 301 costureiros de Cianorte. Para isso, foram aplicados dois questionários, um sociodemográfico e a versão traduzida e validada do questionário SF‑36, que avalia a QV. Resultados: Nos domínios capacidade funcional, aspectos físicos, aspectos emocionais e aspectos sociais esses instrumentos tiveram índices satisfatórios. Contudo, nos aspectos dor, estado geral de saúde, vitalidade e saúde mental foi encontrada uma redução significativa da QV. Discriminando os diferentes trabalhadores, aqueles que exercem suas atividades em âmbito doméstico apresentaram piores resultados. Conclusão: Os costureiros de Cianorte apresentaram comprometimento de sua QV. Quando comparada entre os diferentes vínculos trabalhistas, verificou‑se que os costureiros que trabalham em empresa apresentaram os melhores resultados na QV e os domésticos tiveram os índices mais insatisfatórios.

Palabras clave: Satisfação no emprego qualidade de vida trabalhadores ambiente de trabalho.

2016-12-26   |   206 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 14 Núm.3. Septiembre-Diciembre 2016 Pags. 237-244 Revista Bras. Med. Trab. 2016; 14(3)