Afastamentos do trabalho por transtornos mentais:

um estudo de caso com servidores públicos em uma instituição de ensino no Ceará, Brasil 

Autores: Almeida Bastos Maria Luiza, Bezerra da Silva Junior Geraldo, Costa Domingos Elza Teresa, Oliveira de Araújo Ruth Maria, Lima dos Santos Alexandre

Resumen

Contexto: Os objetivos desse estudo foram descrever os afastamentos do trabalho por transtornos mentais entre servidores públicos para apresentá-los à gestão, pretendendo adotar medidas que colaborassem com a diminuição do absenteísmo. Métodos: Foram avaliados os registros de afastamento por transtornos mentais no período de janeiro a dezembro de 2016, em uma instituição pública de ensino do Estado do Ceará. Os dados foram obtidos por meio da plataforma SIASS (Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor) e de informações do Portal da Transparência do Governo Federal. Foram estratificadas as licenças para tratamento de saúde por transtornos mentais e comportamentais, classificadas no CID 10 “F”, independente de gênero ou cargo funcional. Resultados: Os transtornos mentais foram a principal causa de afastamento no trabalho durante o ano de estudo, um total de 92 servidores afastados por este motivo, representando 3% dos servidores do órgão, com 5.081 dias perdidos de trabalho no período do estudo. Os transtornos do humor e os relacionados ao estresse foram os mais frequentes. Os transtornos mentais por uso de substâncias psicoativas e os diagnósticos de disfunções fisiológicas representaram a maior média de dias de afastamento por servidor. Conclusão: Os resultados reforçam que a concepção de saúde mental e o trabalho são indissociáveis no aspecto de produtividade e eficiência no serviço público federal. Sob esta ótica, a gestão da instituição apoiou a criação de serviço multidisciplinar para apoio psicológico aos servidores afastados.

Palabras clave: Transtornos mentais; saúde do trabalhador; setor público.

2018-10-25   |   103 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 16 Núm.1. Enero 2018 Pags. 53-59 Revista Bras. Med. Trab. 2018; 16(1)