Neutropenia étnica na prática da Medicina do Trabalho:

revisão 

Autores: Gonzalez Luiz Ricardo, Moreno Camata Consuelo Niero, Zulian de Azevedo Valmir Antonio, Kitamura Satoshi

Resumen

Introdução: A avaliação do estado de saúde do Trabalhador está frequentemente baseada, entre outros procedimentos, na realização de exames complementares. No presente artigo, os autores pretendem chamar a atenção dos leitores, na interpretação de resultados supostamente “anormais” em especial, para os hemogramas de pessoas aparentemente saudáveis com neutropenia/leucopenia. Métodos: Esta é uma revisão feita a partir de um caso hipotético, aprofundando e discutindo o tema e abordando a questão dos exames complementares em Medicina do Trabalho. Trata-se de um estudo de revisão abordando a neutropenia étnica, sob o ponto de vista da Medicina do Trabalho. Resultados: O termo Neutropenia Étnica Benigna é uma condição caracterizada pela redução da contagem de neutrófilos abaixo de 1.500/mm³ na circulação sanguínea na ausência de causas secundárias, e que não entram na categoria de neutropenias crônicas de causas adquiridas, congênitas severas, congênitas raras ou erros inatos do metabolismo. Ocorre em populações negras e seus descendentes, estando os níveis de leucócitos abaixo do que é considerado “dentro dos limites da normalidade”. Discussão: O presente artigo pretende chamar a atenção para a neutropenia/leucopenia em sua forma isolada, em especial dos Médicos do Trabalho, para evitar discriminações injustas e até traumas psicológicos importantes que possam interferir no seio da família ou mesmo da sociedade. Conclusões: Levando-se em consideração o aspecto racial, estudos mostram que pessoas negras e seus descendentes podem apresentar uma contagem de neutrófilos abaixo de 1.500 células por mm3, sem que isto signifique algum tipo de doença ou mesmo uma hipersuscetibilidade a qualquer situação que coloque em risco a saúde do trabalhador.

Palabras clave: Neutropenia étnica benigna leucopenia doenças profissionais.

2010-07-23   |   2,174 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 8 Núm.1. Junio 2010 Pags. 46-52 Revista Bras. Med. Trab. 2010; 8(1)